When I was younger I saw...
Fofurinhas.....Gostaria de compartilhar uma imagem do meu dia.
Estava eu, no caminho pra Hortocity, quando o carro passa por uma favela de beira de estrada.
Eu vi três meninos. Todos eles, apenas vestidos com uma bermuda surrada e pés no chão coberto de poeira.
Mas eles brincavam. Me senti no mundo deles por alguns segundos.
Os três, usavam máscaras feitas de papelão e tinham em mãos pedaços de madeira que utilizavam como se fossem espadas.
Era uma batalha de grandes gladiadores.
Estes sim, considero guerreiros.
Guerreiros anônimos, que apesar do meio em que se encontram, não deixam de ser apenas crianças. Com sua imaginação e sua coragem, mesmo que esta seja imposta.
É nesses momentos que fico numa revolta sem limites.
Nós, os populares, aceitamos escutar de um jornalista, (que se considera muito inteligente) cujo nome não preciso citar, que um grupo de pessoas trancadas numa casa, com suas respectivas bundas na água de uma piscina enooorme, são nossos herois.
Que tipo de herois nós reconhecemos?
Expliquem-me.
Um filhinho de papai, aceito num programa de tv faz mais diferença para um PAÍS do que um trabalhador assalariado que sustenta uma família de 5 pessoas ( ou mais ), com um salário mínimo?
Ler textos bonitos, pra mim, não é sinônimo de bom jornalista.
E aquela cena, que durou apenas segundos até atravessar totalmente a janela do carro, nunca vai me deixar em paz.
É por aquelas pessoas que quero trabalhar. Que quero fazer a diferença. Não ser mais uma que assiste calada um cretino que tem seu carro importado na garagem, dizer que meus herois são pessoas que ficam coçando o dia inteiro. Me considero parte de um grupo que enfrenta uma luta diária, aqueles que convivem com o suor em seus rostos e aprendem, cada dia mais, a viver num lugar tão traiçoeiro.
Um comentário:
VIVA AS REVOLUCIONÁRIAS DESSE MUNDO! \O/
[ Essa música é bem boa ;) ]
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